24 de outubro de 2010

Íris

É diferente, hoje. Aumenta uma, já enorme, necessidade de me sentar em frente a um psicólogo, daqueles que têm mesmo paciência para este tipo de casos... Talvez tenha cometido o erro de deixar que tudo isto de arrastasse por demasiado tempo, mas juro que não foi intencional, e de qualquer das maneiras, peço desculpa por tudo.
Continuando a pequena introdução, julgo que o único ser que conseguiria fazer de mim uma pessoa normal por um dia (na verdade, umas escassas horas bastariam),  seria um individuo com tamanha ocupação profissional...
Sim, percebo que a maior questão seja o porquê de querer ser algo diferente, algo mau, denominado como sendo a pior coisa de sempre, quando tenho em mim tudo o que me permite ser enorme. Na verdade, também não sei. Apenas acredito que, por tudo o que sinto e vejo,  as pessoas, ou lá como se chamam, sejam mais felizes do outro lado da fronteira. Por isso, só queria ser assim durante um tempo, chegavam até uns minutos... Apenas choraria um pouco lá, e prometia voltar depressa.
Entregaria tudo isto por poucos segundos lá, só para estar lá... Poderia até ser que alguém quisesse regressar comigo, tentar reconstruir as ruínas que ficaram de algo que nunca sequer existiu. Mas que esteve por aqui, acredito que esteve presente.
Tenho a minha loucura e diferença emocional no sangue, e nada disto se pode resolver com meia dúzia de transfusões . Por isso talvez seja melhor manter-se a distância até hoje definida. Não sei se é contagioso, e por isso, não vale a pena arriscar.
De qualquer das maneiras, se alguém de vós conhecer um psicólogo assim, que me escreva; tomarei todas as condições necessárias para que nada de mal aconteça, caso isto “ se pegue” . Apenas quero ir ao outro lado do Mundo, alcançar novos desgostos.