30 de janeiro de 2010

As (minhas) artes

Não teria qualquer sentido desafiar o mundo a este nível, de uma maneira (ou não) metafórica.
Não teria na mesma qualquer sentido lançar-me assim, sem qualquer apoio de braço esquerdo, sem qualquer mentalidade definida, como agora. Não teria qualquer lugar por aí.
Por momentos acreditei em mim, e acreditei também em si, porque o sentia. E em alguns momentos sonhei com tudo isso de uma demasiado real.
Descobri-me, demasiadas vezes, a representar sozinha, no meu próprio quarto, sem qualquer tipo de plateia (pré-) definida. Descobri-me eu a mim, e descobriram-me vós, a mim. Mas poucos foram os que acreditaram, na verdadeira tese de estarem certos. E os que acreditaram e acreditavam, deixaram de o fazer.
Apesar de ainda o sentir da mesma maneira, sei que nunca será assim, daquela maneira que ambos soltávamos, nas pequenas horas semanais.
A prova disso, foram os últimos vinte minutos mais importantes do primeiro simestre.
Compor em Dó menor será, daqui em frente, só para mim, em segundos livres.
Representar, apenas em mim, para o meu público nunca conquistado.